Absorvente que pode ser usado
nas relações sexuais :
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Chega ao mercado brasileiro um absorvente íntimo que, segundo o fabricante, pode ser usado durante as relações sexuais.
Sem cordão e com um material maleável (uma esponja com tratamento especial), o produto faz com que o parceiro nem perceba que a usuária está menstruada.
Segundo Alessandra Seitz, diretora da Intt Cosméticos, empresa que comercializa o Soft Tampom, o produto permite que a mulher não interrompa suas atividades, nem deixe de fazer sexo, durante o sangramento.
Ele tem uma abertura, em forma de coração, onde você coloca seu dedo para introduzí-lo.
Deve-se colocá-lo o mais fundo que conseguir. Ele não causa desconforto e impede o vazamento.
Na hora de tirar o absorvente, é só usar a mesma cavidade para puxá-lo.
Não há risco de o absorvente se perder lá dentro.
O ideal é usar lubrificante antes de colocá-lo.
O absorvente não possui aplicador, nem cordão : é tirado com o dedo.
O produto mantém o mesmo volume (5 cm de altura por 4,5 cm de largura) depois de usado.
Coletor menstrual
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InCiclo (também chamado MissCup, ou copo menstrual) é outro substituto do absorvente comum, muito popular na Europa e Estados Unidos.
Foi lançado no Brasil em 2012.
O copinho, produzido 100% em silicone medicinal flexível e em formato de cone é inserido na vagina e coleta o fluxo.
Adapta-se perfeitamente ao corpo da mulher e é indicado à prática de todas as atividades esportivas, inclusive ioga, ciclismo, acrobacia, natação, ginástica, corrida e mergulho.
Pode ser usado por até 12 horas ; depois disso, é só retirar, lavar e usar novamente.
A empresa que o comercializa diz que pesquisas de satisfação realizadas mostraram que quase 90% das usuárias se dizem "muito satisfeitas" e "satisfeitas" com o produto e o adquiriram pelo "apelo ecológico".
Ao contrário dos absorventes, o InCiclo é reutilizável e não produz qualquer tipo de lixo.
"Uma mulher tem em média 520 ciclos menstruais durante sua vida o que representa um descarte de 10 mil absorventes tradicionais", diz o fabricante.
O coletor custa R$ 75,00.
Ele não tem efeito contraceptivo (é preciso continuar a usar anticoncepcional ou camisinha) e não protege contra DSTs ( = doenças sexualmente transmissíveis).
A ginecologista e obstetra Carolina Mocarzel, do Hospital Federal Servidor do Estado do Rio, lembra que as mulheres têm fluxos menstruais diferentes e, nos casos mais intensos, o Soft Tampom pode não ser eficiente.
"Pessoas que têm infecção vaginal recorrente como candidíase não devem usá-lo.
Outros riscos são causar irritabilidade no local e incomodar durante a relação sexual."
Estamos próximos de obter um
"VIAGRA FEMININO" ?
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A organização americana sem fins lucrativos Even the Score, que promove a igualdade de tratamento em saúde sexual, criou uma campanha na internet para pedir a aprovação de um composto conhecido como "a pílula rosa" ou "Viagra feminino".
A ação que usa a hastag #WomenDeserve reúne mulheres de diferentes idades que pedem seriedade nas discussões sobre as dificuldades sexuais femininas e o mesmo empenho na busca por tratamentos.
Remédios para tratar disfunção sexual são comuns no mercado, desde a descoberta do Viagra há 17 anos, mas ainda não há disponível nenhum tipo de composto destinado a mulheres.
No início de fevereiro, a empresa farmacêutica Sprout Pharmaceuticals anunciou que vai reenviar para aprovação da FDA (Food and Drug Administration), órgão regulador de medicamentos nos EUA, um fármaco para tratar o baixo desejo sexual feminino. Esta é a terceira tentativa de aprovação do produto.
A dificuldade para desenvolver um produto feminino é que o remédio precisa agir no cérebro e não na região pélvica, segundo Arnaldo Schizzi Cambiaghi, especialista em medicina reprodutiva e diretor do centro de reprodução humana do IPGO (Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia).
"Os produtos para homens melhoram a disfunção erétil. Eles não aumentam a libido, que é o desejo da sexualidade. Quando se fala em sexualidade a associação maior é do homem porque as mulheres conseguem ter uma relação sexual mesmo sem libido."
A flibaserina, nome do composto em desenvolvimento, é uma droga não-hormonal desenvolvida para ser um antidepressivo.
Durante os testes, os pesquisadores notaram o efeito de aumento na libido feminina e decidiram realizar avaliações neste sentido.
Cientistas da FDA solicitaram os dados devido a resultados mostrando que quase 10% das mulheres que usaram a droga durante as pesquisas apresentaram efeitos colaterais como sonolência, fadiga, tontura e náuseas.
As ativistas pró-aprovação rebatem que o medicamento masculino também possui efeitos adversos, mas é concedido aos homens a possibilidade de escolher.
Para Renato de Oliveira, responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis, empresa de pesquisa e biotecnologia, o homem e a mulher possuem organismos diferentes com respostas sexuais diferentes.
"Enquanto o orgasmo masculino dura poucos segundos, a mulher pode ter orgasmos múltiplos durante alguns minutos, por exemplo. Assim, devemos respeitar estas diferenças e o processo de autorização dos medicamentos. O que pode ser aceitável para o homem, pode não ser suficientemente seguro para a mulher."
Enquanto o medicamento não é aprovado, os recursos disponíveis no tratamento da disfunção sexual feminina são psicoterapia e uso de hormônios.
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